quarta-feira, 13 de julho de 2011

Regresso da travessia no deserto... E em força...

De regresso de uma longa e complicada travessia no deserto, eis-me de regresso à actividade bloguista, na máxima força.

A vida pode não ter mudado muito, nem tão pouco quem a rodeia... Mas deste tempo ausente, muito fica por dizer...

Já descobri um abrigo... Um Oasis. Pode não ser um hotel 5*, mas dá para sonhar, para pensar na vida, naquilo que fui... em quem eu sou... E no que virá a ser de mim...

Sábias palavras palavras, para ver, ouivir, escutar

Querem ver como até parece fácil... Senão vejamos...

Tenho encontrado muitas pessoas,
porem não encontro gente...
Ha um vazio dentro de cada um,
um processo de fechamento em sentimentos.
Encontro sorrisos, porem daqueles
que expoem apenas os dentes.

Encontro verdadeiras tocaias,
e nao coraçoes.
Reservas insistentes da solidao.

Tenho encontrado pessoas medrosas,
indecisas, escondendo-se de si mesmas.
Pessoas que dizem:
Não sei...,
Não sei se quero...,
Não sei se posso...

Quando sabem exatamente o que querem
e o que buscam, e nao se arriscam
ao menor impulso.
Pessoas duras, escuras,
impossibilitadas de amar.
Estas, cansei de encontrar...

Busco por gente que empreste o ombro,
que nao tenha medo de dizer que
levou um tombo. Busco por gente que
assuma que amar traz sofrer, e, com
esta certeza, nao venham a se esconder.

Busco por gente que tenha a experiência
de sobrevivente de guerra.
Busco por gente, que de tanto caminhar,
nao tenha receio de dizer que seus pes
ainda tem muito por machucar.
Quero gente de coragem para comigo conversar.

Gente que saiba que mascaras nao dao mais
para usar, e sendo seu perfil interno,
branco ou preto, tenha a dignidade de revelar.

Busco por gente que chore livremente,
sem preconceitos pelas lagrimas derramadas.
Quero gente que saiba exatamente para onde
esta indo e o que deseja encontrar,
mesmo que esta busca jamais venha alcançar.

Busco por gente,"Seres Humanos",
que saibam se doar, estes,
eu anseio por encontrar.

Gente de decisao,
sem argumento para esconder, escusas açoes.
Quero gente que e gente, que mostra a cara,
vai a luta e dorme contente.

E desta gente que eu preciso!
Gente liberta, que me deem um canto em seu
colo e saibam me acariciar, sem tempo,
sem hora e em qualquer lugar !!!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Mais um ano... Mas a vida continua...

Posso afirmar com convicção que este ano lectivo se revelou pleno de experiências e de vivências novas, umas vezes de agruras, outras de alegria e felicidade. Poderei contudo afirmar com convicção que o ditado vai fazendo valer a força das suas palavras. "Ano Novo, Vida Nova!"


Realmente, (re)descobrir as aventuras e desventuras de toda uma classe, as suas alegrias e tristezas, as delícias e agruras de toda uma vida dedicada à arte de ensinar, deixa as suas marcas profundas. E, nesse contexto, este ano não deixa de marcar um ponto de viragem para uma vida nova, em todos os sentidos. São hábitos de vida alterados, horas a fio agarrados a um computador, outras tantas na Escola, fora as intermináveis horas dedicadas às partituras e facturas... Porque o tempo não para... E tempo é dinheiro.

Tempos livres, alguns, sim... E bem passados. Essencialmente destinados ao repouso, e alguns dedicados aos Amigos e às minhas restantes paixões, em alegres e salutares convívios (alguns diferentes dos que outrora conhecera, mas não menos aprazíveis)... para recarregar baterias. Outros, agarrado à minha inseparável "Zulmira" em Si b, nas minhas aventuras (e desventuras) filarmónicas.

No entanto, entre tantas mudanças, alguma coisa teria que ficar a perder... Ainda que me tenham sobrado alguns tempos livres para as actividades académicas (feliz ou infelizmente em muito menor quantidade) que nos últimos 20 anos fizeram de mim o Homem que hoje sou, a dedicação a estas causas teve de ceder lugar a outras responsabilidades mais prementes. E, nesse contexto, a Música foi tomando a dianteira... Não bastava a presidência, ainda me tinha de calhar a Direcção Técnica e Artística da Filarmónica. Interinamente, é certo, mas por uma causa bem nobre, relacionada com a sobrevivência de uma espécie em vias de extinção: A "phylharmonicus Bandae", mais conhecida nos meios populares por Banda Filarmónica. Reconhecendo nessa dedicação e esse entusiasmo mais um alento para, ano após ano, reavaliar as minhas reais capacidades de trabalho, superando os obstáculos com que me vou deparando ao longo desta minha vida, fico com a certeza de que, se me tornei no Homem e Músico que hoje sou, a essas intensas paixões o devo... Isto porque a vida vai sendo cada vez mais difícil, e quem tiver coragem e determinação suficientes é que consegue singrar...

Viva a Matemática! Viva o Ensino! Viva a Música!