Posso afirmar com convicção que este ano lectivo se revelou pleno de experiências e de vivências novas, umas vezes de agruras, outras de alegria e felicidade. Poderei contudo afirmar com convicção que o ditado vai fazendo valer a força das suas palavras. "Ano Novo, Vida Nova!"
Realmente, (re)descobrir as aventuras e desventuras de toda uma classe, as suas alegrias e tristezas, as delícias e agruras de toda uma vida dedicada à arte de ensinar, deixa as suas marcas profundas. E, nesse contexto, este ano não deixa de marcar um ponto de viragem para uma vida nova, em todos os sentidos. São hábitos de vida alterados, horas a fio agarrados a um computador, outras tantas na Escola, fora as intermináveis horas dedicadas às partituras e facturas... Porque o tempo não para... E tempo é dinheiro.
Tempos livres, alguns, sim... E bem passados. Essencialmente destinados ao repouso, e alguns dedicados aos Amigos e às minhas restantes paixões, em alegres e salutares convívios (alguns diferentes dos que outrora conhecera, mas não menos aprazíveis)... para recarregar baterias. Outros, agarrado à minha inseparável "Zulmira" em Si b, nas minhas aventuras (e desventuras) filarmónicas.
No entanto, entre tantas mudanças, alguma coisa teria que ficar a perder... Ainda que me tenham sobrado alguns tempos livres para as actividades académicas (feliz ou infelizmente em muito menor quantidade) que nos últimos 20 anos fizeram de mim o Homem que hoje sou, a dedicação a estas causas teve de ceder lugar a outras responsabilidades mais prementes. E, nesse contexto, a Música foi tomando a dianteira... Não bastava a presidência, ainda me tinha de calhar a Direcção Técnica e Artística da Filarmónica. Interinamente, é certo, mas por uma causa bem nobre, relacionada com a sobrevivência de uma espécie em vias de extinção: A "phylharmonicus Bandae", mais conhecida nos meios populares por Banda Filarmónica. Reconhecendo nessa dedicação e esse entusiasmo mais um alento para, ano após ano, reavaliar as minhas reais capacidades de trabalho, superando os obstáculos com que me vou deparando ao longo desta minha vida, fico com a certeza de que, se me tornei no Homem e Músico que hoje sou, a essas intensas paixões o devo... Isto porque a vida vai sendo cada vez mais difícil, e quem tiver coragem e determinação suficientes é que consegue singrar...
Viva a Matemática! Viva o Ensino! Viva a Música!